sábado, 27 de abril de 2013

É verdade que os coalas não bebem água??!



A palavra "koala" vem de uma língua nativa australiana que quer dizer "animal que não bebe". Esse animalzinho lindo e fofo é chamado assim porque quase não toma água: todo o líquido que seu organismo precisa já vem com o seu alimento, as folhas e os brotos de eucalipto. 

Não beber água é sem dúvida uma adaptação seletiva desses animais, pois como não são
muito ágeis no solo, eles não se arriscam em descer das árvores para buscar água, e, portanto longe dos predadores alcançariam o sucesso evolutivo.
Como os coalas não ingerem gordura, eles precisam economizar energia, é por isso que passam quase o dia todo dormindo e o resto do tempo que sobra fica comendo eucalipto sem parar. Eles
chegam a ingerir 1 kg de folhas por dia. Quando filhotes, se alimentam do leite materno e dali tiram toda água necessária para sobrevivência.


As folhas e brotos do eucalipto contém todos os nutrientes e água suficientes para sua sobrevivência, porém com as queimadas que sofre a natureza em determinadas épocas do ano, ou mesmo com o calor de 44° ou até mais na região onde vivem na Austrália, estes bichinhos estão bebendo água e cada vez mais se aproximando das pessoas, necessariamente mudando seus hábitos de vida!
Nesses e em outros casos os coalas passam a aceitar a ajuda humana, o que não é nada comum, segundo tratadores.


Então, você que acaba de ler isto, reflita em como a natureza é perfeita e supri as necessidades do reino animal. E nós, seres humanos, não temos o direito de destruí-la. Preservemos a vida animal além da bela natureza que temos!



Algumas Curiosidades...


                                                   "A formiga levanta 50 vezes o seu peso, e puxa 30 vezes o seu próprio peso."



"Os espinhos dos porcos-espinhos estão cobertos por antibióticos. Isto ajuda-os porque é comum eles picarem-se nos seus próprios espinhos."


"Os coalas não bebem água, eles absorvem os líquidos das folhas de eucalipto."


"Milhões de árvores no mundo são plantadas acidentalmente por esquilos que enterram nozes e não lembram onde as esconderam."



"O material mais resistente criado pela natureza é a teia de aranha."


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Mastite/Mamite



Mais conhecida como mamite, esta doença caracteriza-se por um processo de inflamação da glândula mamária promovida por diferentes fatores, diversos tipos de microorganismos, sendo as bactérias os principais agentes, cerca de 90%. 
Pode ser dividida de duas formas: clínicas, onde são comuns dor, rubor e calor; e subclínicas que podem ser detectadas através de simples exames no leite.

Os sintomas presentes são: secreção de leite com grumos, pus ou de aspecto aquoso, tetas e úbere (órgão designado à produção de leite) com vermelhidão, duros, inchados, doloridos, e quente. 
As vacas podem apresentar ainda febre, perda de apetite, e até chegar a morte em casos mais graves.
É a doença mais importante dos rebanhos leiteiros em todo o mundo; devido à alta incidência de casos clínicos, e infecções não perceptíveis a olho nu (infecções subclínicas), e também aos prejuízos econômicos que esta doença traz.
Como resultado da inflamação, as paredes dos vasos sanguíneos se tornam dilatadas e outras substâncias do sangue também passam para o leite. Devido às lesões do tecido mamário, as células secretoras se tornam menos eficientes, isto é, com menor capacidade de produzir e secretar leite. Ocorre também a morte das células (grumos) e a liberação de enzimas dentro da glândula, que contribuem para agravar o processo inflamatório. Tudo isso prejudica a qualidade do leite e causa redução na produção.














Como é feito o diagnóstico 

Além da verificação dos sintomas, é recomendável que diariamente seja feito o teste da caneca telada ou de fundo escuro, onde são depositados os primeiros jatos de leite de cada teta separadamente. Se cada qual estiver infectada pela mastite, observa-se a presença de grumos, pus ou pode estar aquoso.

Pode ser observado também, antes da ordenha, presença de ferimentos, inflamação nas tetas e no úbere.






As vacas com mastite devem ser identificadas para ser feito o tratamento. E, o leite dessas vacas não pode ser misturado com o das vacas sadias.
Para que a doença não se espalhe pelo rebanho cuidados com a limpeza do ambiente (retirada do esterco do curral, sala de ordenha), limpeza das teteiras e regulagem da ordenhadeira, roçagem dos pastos para evitar ferimentos nas tetas e úbere e principalmente a lavagem das mãos do ordenhador antes de ordenhar cada vaca são importantes para prevenir a transmissão da doença.
Depois da ordenha de cada vaca, deve ser feita a desinfecção de cada teta com uma solução de iodo ou iodofórmio.


E as vacas devem ser mantidas em pé por pelo menos 30 min, para evitar que ao se deitarem microorganismos do ambiente entrem pelos orifícios das tetas.

                        Tratamento:

As infecções podem ser eliminadas por alguns modos, assim como:
Recuperação (cura) espontânea; graças aos mecanismos de defesa animal; calcula-se que uma em cada cinco infecções é eliminada desta forma.
Uso de terapia durante a lactação, restringida aos casos clínicos, pois nos casos subclínicos a efetividade é baixa.
Terapia no início do período seco, dependendo da gravidade; sendo muito eficiente para microorganismos contagiosos e pouco eficiente para os microorganismos do ambiente.
Os processos de terapia deverão ser indicados e acompanhado por um médico veterinário e alinhados às práticas de higiene e manejo de ondenha.
Porém o tratamento da mastite é complexo, podendo recorrer a intervenção por meio de antimicrobianos de amplo espectro sistêmicos e com ação local. 

Obs: O período seco da vaca compreende os dois últimos meses de gestação, importante para se adotar práticas especiais, são 60 dias antes do parto, independentemente da produção, de maneira a promover o descanso do úbere, necessário para intensificar a regeneração e formação de alvéolos (unidades secretoras do leite), preparando-o para a nova lactação.
O período seco não é o período em que as vacas repõem seu escore corporal, a reposição corporal deve ocorrer no final da lactação. Porém, durante o período seco o rebanho leiteiro pode completar sua reposição corporal caso esta não tenha ocorrido por completo no final da lactação.
O procedimento para secagem dos animais consiste em fornecimento de dieta menos energética seguida da suspensão da ordenha.


domingo, 14 de abril de 2013

Otite Canina



O que é Otite Canina?

É uma inflamação no conduto auditivo do cão.
A maioria das raças de cães apresenta um canal auditivo bastante longo, quando comparado ao ouvido humano, o que as predispõe a infecções e dificulta o tratamento. Cães com orelhas longas e pendulares são mais predispostos a problemas de ouvidos do que outros cães, pois as orelhas pendulares obstruem a entrada de ar e a secagem adequada do canal auditivo. O resultado é um ambiente quente, úmido e escuro; com perfeitas condições de crescimento de
microrganismos, como leveduras, fungos e bactérias. Esta enfermidade pode ser causada por diversos fatores, como:
=>       Infecciosas: quando causada por bactérias, vem acompanhada de pus.
=>       Parasitária: causada por ácaros, como sarnas e carrapatos.
=>       Fungos: semelhante à otite bacteriana, mas o agente causador é um fungo.
=>       Excesso de produção de cera (seborreica): alguns cães produzem cera em excesso, e esta, não é eliminada, gerando uma fermentação, que produzirá um odor fétido e uma posterior inflamação.
=>       Predisposição racial: cães que possuem orelhas grandes e/ ou peludas, têm maior probabilidade de desenvolverem otite, pois há um abafamento na região do ouvido devido à falta de circulação de ar que favorece a multiplicação de bactérias.
A gravidade da afecção vai depender da câmara auditiva afetada, sendo mais grave quando afetar o ouvido interno.
Anatomicamente, o ouvido pode ser dividido em três partes:
=>       Ouvido externo:  abrange o pavilhão auricular, meato acústico externo (canal auditivo externo) e o tímpano;
=>       Ouvido médio:  nesta região do ouvido, são encontrados três ossículos, martelo, estribo e bigorna. Estes são interligados entre si e funcionam como meio de ligação com o ouvido interno. Nesta região também é encontrada a Trompa de Eustáquio (liga o ouvido médio a faringe);
=>       Ouvido interno:  é a parte mais sensível e mais especializada. Nesta região são encontrados os canais semicirculares, a cóclea  e o nervo acústico, todos, juntamente, ligados ao sistema nervoso central.

. Sendo assim, a otite recebe nomes diferentes: otite externa (quando afeta o ouvido externo), otite média (quando afeta o ouvido médio) e otite interna 
(quando afeta o ouvido interno).

Como podemos prevenir essa doença em nossos cães?

Cuidando  da limpeza do canal auditivo  externo e das próprias orelhas de nossos cães. Com um cotonete para os cães pequenos, ou um chumaço de algodão para cães de maior porte, umedecemos esse algodão com uma solução de alcool-éter ou água boricada (em partes iguais), e com esse cotonete ou algodão limpamos e removemos a cera existente no conduto auditivo e nas próprias orelhas. Especial cuidado na limpeza do conduto auditivo externo, em sua parte mais profunda, a fim de não lesar o tímpano  ali localizado. A freqüência que essa limpeza deve ser feita, dependerá da raça de seu cão: Os cães das raças que tem as orelhas eretas, como o Pastor Alemão, necessitarão limpezas mensais. Já os cães de raças que tem as orelhas caídas, como aqueles da raça Cocker Spaniel, a limpeza deve ser feita mais freqüentemente (cada 10 dias).

Como tratar

Muitas vezes o simples ato de proceder à limpeza dos ouvidos, quando a otite é apenas externa, é suficiente. Porém, quando a infecção já atingiu o ouvido médio ou o interno, necessário se faz tratamento mais especializado, inclusive com administração de antibióticos por via geral (parenteral ou oral). Nessa caso, a recomendação, é procurar um veterinário, que lhe indicará a melhor solução para o tratamento.
Sendo que, em alguns casos há a necessidade de se associar à medicação tópica, antibióticos e/ou anti-inflamatórios. O remédio quem vai definir é o veterinário, por isso não medique seu cão sem orientação.
Não é possível prevenir completamente o surgimento de otites, mas a limpeza rotineira dos ouvidos pode ajudar bastante, principalmente nos casos de animais que já possuam esta predisposição. 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Poliartrite em Potros


A poliartrite dos potros pode ser de dois tipos: septicemia do recém-nascido e septicemia tardia.

Septicemia do recém-nascido:

É uma infecção causada pela bactéria shigella equirulis. As fontes de contaminação são a via umbilical e a via oral, sendo considerada muito difícil que a transmissão ocorra durante a vida uterina.
Quando o potro nasce, aparenta ser saudável, no entanto, dentro de dois a três dias a doença se manifesta. Esta infecção é facilitada nos potros recém-nascidos com o sistema imunitário deficiente por não terem ingerido uma quantidade suficiente de colostro (primeiro leite materno).

Septicemia tardia:

Este tipo é causado pela bactéria strepcoccus pyogenes, sendo sua via de entrada principal a umbilical, podendo também ser transmitida durante a vida uterina.
Os primeiros sintomas aparecem entre 14 a 21 dias de vida, sendo rara aparecer mais tarde. Ela afeta as articulações dando origem a poliartrite. No final de uma semana, podem estar afetadas as demais articulações, podendo afetar, principalmente, as articulações dos quatro membros. A dor é tão intensa, que o animal praticamente não pode permanecer parado, nem mamar, passando grande parte do tempo deitado. Às vezes, a septicemia resulta em uma meningite.

Sinais Clínicos:

O curso dessa afecção pode ser de dois tipos: agudo a subagudo.

No caso agudo da doença, os potros passam a manifestar os sintomas da doença 24 a 72 horas após o nascimento. Os sinais apresentados são: prostração, não mamam, febre (40-41 ºC), mucosas de cor roxo intenso, param com dificuldade, apresentam tremores musculares, pode apresentar dores articulares (especialmente na articulação do joelho do tarso e do carpo). Há também a presença  de diarreia, levando o animal à desidratação muito rapidamente, entrando em acidose (diminuição do pH de todo o organismo); aparece também secreção nasal mucopurulenta.


Já  no caso subagudo, os potros nascem normais, no entanto, após poucas horas do primeiro dia de vida mostram os primeiros sintomas que são: prostração, depressão, param de mamar, tremores musculares, febre (41 ºC), mucosas pálidas, polipnéia, dispnéia e olhos fundos (sinal de desidratação). A enfermidade segue seu curso levando à óbito dentro de 15 a 24 horas.



Havendo suspeitas dessas septicemias, deve-se realizar o diagnóstico.
Deve-se obter uma história completa do animal e ser realizado o exame físico da performance em todos os cavalos com suspeita desta enfermidade. Caso o animal apresentar muita dor, a frequência cardíaca e a frequência respiratória podem estar elevadas. É observado hipertermia periarticular, edema da articulação, dor à palpação, feridas e outras evidências de trauma próximos ou distantes das articulações envolvidas. 
Em potros, diarreia, infecção umbilical, pneumonia, ou doença sistêmica é comum estar presente.
O diagnóstico depende da sensibilidade da articulação à infecção, observa-se aumento do volume, leucócitos e proteínas, formações de grumos, e perda da viscosidade.

Tratamento:

Obtendo o histórico do animal como: trauma, injeções intra-articulares, cirurgias e doenças sistêmicas em potros, deve ser considerada uma emergência e tratada mais efetivamente com o diagnóstico precoce. 
Afirma-se que as articulações contaminadas ou infectadas devem ser tratadas como uma
emergência cirúrgica.
Para isso, é feita a utilização de fármacos capazes de atingir boas e rápidas concentrações intra-articulares; sendo a via sistêmica a forma de administração mais recomendada (aplicada diretamente onde se deseja a ação), são administrados antibióticos que propiciam concentrações terapêuticas no fluido articular com a administração sistêmica.



Prognóstico:
O prognóstico do equino, depende do tratamento que o animal for submetido, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhor será a possibilidade de o animal voltar a sua atividade.
O prognóstico em longo prazo pode ser muito bom se a infecção for controlada cedo. Vários meses de repouso devem ser concedidos após qualquer episódio para permitir que a cartilagem articular possa recuperar forma normal de matriz extracelular e sua função. 
O prognóstico para os potros é inferior à dos adultos, devido as complicações associadas com envolvimento de múltiplos órgãos e septicemia.