quinta-feira, 25 de abril de 2013

Mastite/Mamite



Mais conhecida como mamite, esta doença caracteriza-se por um processo de inflamação da glândula mamária promovida por diferentes fatores, diversos tipos de microorganismos, sendo as bactérias os principais agentes, cerca de 90%. 
Pode ser dividida de duas formas: clínicas, onde são comuns dor, rubor e calor; e subclínicas que podem ser detectadas através de simples exames no leite.

Os sintomas presentes são: secreção de leite com grumos, pus ou de aspecto aquoso, tetas e úbere (órgão designado à produção de leite) com vermelhidão, duros, inchados, doloridos, e quente. 
As vacas podem apresentar ainda febre, perda de apetite, e até chegar a morte em casos mais graves.
É a doença mais importante dos rebanhos leiteiros em todo o mundo; devido à alta incidência de casos clínicos, e infecções não perceptíveis a olho nu (infecções subclínicas), e também aos prejuízos econômicos que esta doença traz.
Como resultado da inflamação, as paredes dos vasos sanguíneos se tornam dilatadas e outras substâncias do sangue também passam para o leite. Devido às lesões do tecido mamário, as células secretoras se tornam menos eficientes, isto é, com menor capacidade de produzir e secretar leite. Ocorre também a morte das células (grumos) e a liberação de enzimas dentro da glândula, que contribuem para agravar o processo inflamatório. Tudo isso prejudica a qualidade do leite e causa redução na produção.














Como é feito o diagnóstico 

Além da verificação dos sintomas, é recomendável que diariamente seja feito o teste da caneca telada ou de fundo escuro, onde são depositados os primeiros jatos de leite de cada teta separadamente. Se cada qual estiver infectada pela mastite, observa-se a presença de grumos, pus ou pode estar aquoso.

Pode ser observado também, antes da ordenha, presença de ferimentos, inflamação nas tetas e no úbere.






As vacas com mastite devem ser identificadas para ser feito o tratamento. E, o leite dessas vacas não pode ser misturado com o das vacas sadias.
Para que a doença não se espalhe pelo rebanho cuidados com a limpeza do ambiente (retirada do esterco do curral, sala de ordenha), limpeza das teteiras e regulagem da ordenhadeira, roçagem dos pastos para evitar ferimentos nas tetas e úbere e principalmente a lavagem das mãos do ordenhador antes de ordenhar cada vaca são importantes para prevenir a transmissão da doença.
Depois da ordenha de cada vaca, deve ser feita a desinfecção de cada teta com uma solução de iodo ou iodofórmio.


E as vacas devem ser mantidas em pé por pelo menos 30 min, para evitar que ao se deitarem microorganismos do ambiente entrem pelos orifícios das tetas.

                        Tratamento:

As infecções podem ser eliminadas por alguns modos, assim como:
Recuperação (cura) espontânea; graças aos mecanismos de defesa animal; calcula-se que uma em cada cinco infecções é eliminada desta forma.
Uso de terapia durante a lactação, restringida aos casos clínicos, pois nos casos subclínicos a efetividade é baixa.
Terapia no início do período seco, dependendo da gravidade; sendo muito eficiente para microorganismos contagiosos e pouco eficiente para os microorganismos do ambiente.
Os processos de terapia deverão ser indicados e acompanhado por um médico veterinário e alinhados às práticas de higiene e manejo de ondenha.
Porém o tratamento da mastite é complexo, podendo recorrer a intervenção por meio de antimicrobianos de amplo espectro sistêmicos e com ação local. 

Obs: O período seco da vaca compreende os dois últimos meses de gestação, importante para se adotar práticas especiais, são 60 dias antes do parto, independentemente da produção, de maneira a promover o descanso do úbere, necessário para intensificar a regeneração e formação de alvéolos (unidades secretoras do leite), preparando-o para a nova lactação.
O período seco não é o período em que as vacas repõem seu escore corporal, a reposição corporal deve ocorrer no final da lactação. Porém, durante o período seco o rebanho leiteiro pode completar sua reposição corporal caso esta não tenha ocorrido por completo no final da lactação.
O procedimento para secagem dos animais consiste em fornecimento de dieta menos energética seguida da suspensão da ordenha.


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